Quando falamos em avaliação do desenvolvimento na infância surgem diversas dúvidas, tanto nos pais, cuidadores, como nos profissionais. Afinal, se o sujeito está em formação, por qual motivo é necessário realizar a avaliação? Como se sabe quando devemos procurar ajuda?
A infância tem impactos importantes por toda nossa vida, é esta fase que aprendemos a conviver em sociedade, a formar vínculos e relações, além da formação do caráter e personalidade do indivíduo; tais fatores influenciam muito o desenvolvimento da criança, além de como esta irá se perceber (visão de si e visão de mundo, baseadas nas relações primárias com os pais ou responsáveis).
Dentro do desenvolvimento infantil esperado, encontramos comportamentos e percepções desse sujeito, de acordo com a sua faixa etária. Assim tendo um olhar atento e cauteloso podemos observar o que é comportamento típico e atípico da criança em questão.
Por exemplo, ficar batendo a cabeça na parede ou se auto agredindo, não é um comportamento esperado para nenhuma idade. Vindo assim, a sinalizar que algo não está bem, que necessita de uma intervenção, apoio. Pensando-se em transtornos do desenvolvimento, transtornos mentais, quanto antes for realizada a estimulação e tratamento, mais se reduz de maneira significativa o nível de sequelas e problemas maiores no desenvolvimento da criança.
Por se tratar de sujeito em formação, nem sempre teremos um diagnóstico fechado, mas junto de uma avaliação multidisciplinar, podemos verificar o que trará mais benefícios e o que é mais indicado no atual momento.
A criança é bastante sensível a estimulação do ambiente, e uma vez identificado o sintoma, podemos definir intervenções que visem o tratamento e também a prevenção de complicações maiores no futuro. O foco não é somente o diagnóstico, mas sim, compreender quais são as dificuldades e os potenciais a serem trabalhados.
Artigo escrito por Thais Mello – estagiária de Psicologia na Clínica Horizontes