A Caixa Lúdica e o Brincar

Artigo escrito por Julia Rocha – estudante de psicologia da Fadergs e estagiária de clínica da Horizontes

A caixa lúdica é um instrumento de trabalho bastante utilizado para identificar a maneira como o sujeito se relaciona com os objetos e a forma como ele aprende, podendo facilitar o psicodiagnóstico. Sabe-se da importância de usar o lúdico como recurso terapêutico. Winnicott retrata o jogo como um recurso integrante no ato de aprender, ele afirma que “brincar é algo além de imaginar e desejar, brincar é o fazer”. (WINNICOTT, 1975 p. 28)

Brincar é um meio importante e real de acessar o inconsciente, bem como de perceber o desenvolvimento da criança, pois a criança compreende o mundo a sua volta, aprende regras, testa habilidades, aprende a ganhar e perder, desenvolve a linguagem e as habilidades motoras através da brincadeira. É importante frisar que o brincar e o jogar não se resumem apenas a formas de divertimento e de prazer para a criança, mas são meios privilegiados dela expressar os seus sentimentos e elaborar situações conflitantes utilizando desta linguagem simbólica.

Chamada de “a hora do jogo” ou “sessão lúdica”, esse modelo de trabalho utiliza-se da caixa lúdica para fazer percepções sobre a criança onde são avaliados os seguintes aspectos: a inter-relação que a criança estabelece com o desconhecido e o tipo de obstáculo que emerge dessa relação, aspectos relacionados à função semiótica da criança, por meio de símbolos onde podemos verificar o nível dos processos acomodativos e assimilativos e uma leitura dos conteúdos manifestados pela criança em relação aos aspectos afetivo-emocionais, relacionando-os com a aprendizagem.

Segundo Weiss (1997) a hora do jogo pode ser dividida em três momentos em que o terapeuta deve estar atento para fazer as análises: o enquadramento, a observação e a avaliação. Deve-se ficar atento ao modo de brincar, como a criança escolhe os materiais, estrutura a brincadeira, se faz cálculos, se faz brincadeiras criativas, se faz distinção dos brinquedos, se repete situações convencionais, se permanece concentrada, se constrói, reconstrói, se socializa, se representa papeis, se resolve situações problemáticas, se seus movimentos são firmes, se pede ajuda, além de outros aspectos. As dificuldades de aprendizagem podem se dar pela maneira como essa criança “aprendeu a aprender”, pois muitas vezes os pais não permitem que o filho passe por todas as etapas do seu desenvolvimento, ou não os incentivam positivamente, ou ainda exigem organização demais pensando que podem contribuir para a sua maturidade. Conforme Winnicott (1997 p. 80): “é brincando e somente brincando que o indivíduo, criança ou adulto é capaz de ser criativo e usar completamente sua personalidade”.

A partir disso, observa-se que a importância do brincar vai além do entendimento de diversão para a criança, pois evidencia-se a maneira como esse sujeito criou seus esquemas de aprendizagem e seus recursos para entender os desafios. A maneira como a criança brinca com a caixa lúdica nos proporciona uma visão de como este sujeito se relaciona com a sua aprendizagem, o que auxilia-nos no processo de psicodiagnóstico, enquanto ela está brincando ela se expressa e comunica a sua realidade interior.

 

A caixa lúdica é um instrumento de trabalho bastante utilizado para identificar a maneira como o sujeito se relaciona com os objetos e a forma como ele aprende, podendo facilitar o psicodiagnóstico. Sabe-se da importância de usar o lúdico como recurso terapêutico. Winnicott retrata o jogo como um recurso integrante no ato de aprender, ele afirma que “brincar é algo além de imaginar e desejar, brincar é o fazer”. (WINNICOTT, 1975 p. 28)

Brincar é um meio importante e real de acessar o inconsciente, bem como de perceber o desenvolvimento da criança, pois a criança compreende o mundo a sua volta, aprende regras, testa habilidades, aprende a ganhar e perder, desenvolve a linguagem e as habilidades motoras através da brincadeira. É importante frisar que o brincar e o jogar não se resumem apenas a formas de divertimento e de prazer para a criança, mas são meios privilegiados dela expressar os seus sentimentos e elaborar situações conflitantes utilizando desta linguagem simbólica.

Chamada de “a hora do jogo” ou “sessão lúdica”, esse modelo de trabalho utiliza-se da caixa lúdica para fazer percepções sobre a criança onde são avaliados os seguintes aspectos: a inter-relação que a criança estabelece com o desconhecido e o tipo de obstáculo que emerge dessa relação, aspectos relacionados à função semiótica da criança, por meio de símbolos onde podemos verificar o nível dos processos acomodativos e assimilativos e uma leitura dos conteúdos manifestados pela criança em relação aos aspectos afetivo-emocionais, relacionando-os com a aprendizagem.

Segundo Weiss (1997) a hora do jogo pode ser dividida em três momentos em que o terapeuta deve estar atento para fazer as análises: o enquadramento, a observação e a avaliação. Deve-se ficar atento ao modo de brincar, como a criança escolhe os materiais, estrutura a brincadeira, se faz cálculos, se faz brincadeiras criativas, se faz distinção dos brinquedos, se repete situações convencionais, se permanece concentrada, se constrói, reconstrói, se socializa, se representa papeis, se resolve situações problemáticas, se seus movimentos são firmes, se pede ajuda, além de outros aspectos. As dificuldades de aprendizagem podem se dar pela maneira como essa criança “aprendeu a aprender”, pois muitas vezes os pais não permitem que o filho passe por todas as etapas do seu desenvolvimento, ou não os incentivam positivamente, ou ainda exigem organização demais pensando que podem contribuir para a sua maturidade. Conforme Winnicott (1997 p. 80): “é brincando e somente brincando que o indivíduo, criança ou adulto é capaz de ser criativo e usar completamente sua personalidade”.

A partir disso, observa-se que a importância do brincar vai além do entendimento de diversão para a criança, pois evidencia-se a maneira como esse sujeito criou seus esquemas de aprendizagem e seus recursos para entender os desafios. A maneira como a criança brinca com a caixa lúdica nos proporciona uma visão de como este sujeito se relaciona com a sua aprendizagem, o que auxilia-nos no processo de psicodiagnóstico, enquanto ela está brincando ela se expressa e comunica a sua realidade interior.