Matéria escrita pela Fga. Daniela Feijó – CRFa 7: 6693
Nascemos respirando e pelo nariz. A respiração nasal faz com que o ar circule pelo aparelho respiratório filtrado, aquecido e umidificado. Também é responsável por manter o crescimento harmônico e funcional da face, influenciando a musculatura, a estrutura óssea e dentária e a saúde em geral.
A Respiração Oral acontece, quando as vias aéreas superiores estão obstruídas, atingindo tanto adultos como crianças. Isso pode acontecer por vários motivos, sendo que os mais comuns são hipertrofia de adenoide, amídalas, cornetos nasais decorrentes de doenças respiratórias de repetição. Esses problemas levam a necessidade de manter a postura da boca aberta para respirar, tendo efeitos prejudiciais de curto e longo prazo.
Em especial nas crianças a Respiração Oral tem efeitos mais graves, por se tratar de indivíduos em pleno crescimento e desenvolvimento. Podemos observar dificuldades na sucção, mastigação, deglutição e na aquisição da fala, pela alteração no funcionamento da musculatura facial, assim como deformidades ósseas em palato, maxila e alterações dentárias. Além disso, a recorrência do hábito de respirar pela boca leva a maior incidência de novos quadros respiratórios, prejuízo na qualidade do sono (ronco, apneia e agitação noturna) e por consequência, na dificuldade da capacidade de atenção para as atividades diárias, podendo interferir no rendimento escolar.
O tratamento para a pessoa Respiradora Oral deve ser multidisciplinar, geralmente entre médico otorrinolaringologista e/ou pediatra, dentista e fonoaudiólogo.
O Fonoaudiólogo irá trabalhar a retomada do hábito de respiração nasal e reabilitar musculatura facial para que as funções alteradas de sucção, mastigação ou deglutição possam ser restauradas.
Lembrando quando falamos de saúde, a prevenção e o tratamento precoce é sempre mais rápido e eficaz, pois evita complicações.