Dia Mundial de Luta contra a AIDS

No dia 1º de dezembro comemoramos o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Esse dia marca a importância de pensarmos sobre a prevenção ao HIV/AIDS, bem como na melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus.


Segundo pesquisa conduzida por estudiosos americanos, o HIV surgiu em meados dos anos 20, na República Democrática do Congo. Mas somente com a epidemia ocorrida nas Europas e nas Américas, na década de 80, que seu
conhecimento chegou a vias públicas. Com o “boom” de infecções pelo vírus, a doença se tornou uma questão de saúde global.


Atualmente, estima-se que 37 milhões de pessoas no mundo inteiro vivam com HIV. Delas, quase 1 milhão ocupam território brasileiro. A qualidade de vida e o acesso à medicamentos e recursos em saúde para pessoas que vivem com o vírus melhorou exponencialmente, desde a epidemia dos anos 80. Hoje em dia o HIV é reconhecido como uma doença crônica e controlável, apresentando ótima resposta ao tratamento antirretroviral. Pessoas que vivem com HIV tem expectativa e qualidade de vida iguais às pessoas que não infectadas.


Entende-se, inclusive, que pessoas que seguem o tratamento antirretroviral corretamente, e possuem exames indetectáveis de carga viral, são pessoas que não transmitem o vírus. Isto é, ser indetectável para o HIV significa,
também, ser intransmissível (I=I). Isso representa um enorme avanço às políticas de saúde e condições plenas para pessoas soropositivas.

Assim, o fator de maior preocupação sobre as infecções ao HIV continua sendo a sua estigmatização e a marginalização. É importante destacar o papel das campanhas contra preconceito e violências simbólicas relacionadas a essa questão de saúde. É preciso pautar o tema em diferentes espaços de convivência para que, cada vez mais, sujeitos sejam respeitados em sua integralidade e não tenham direitos limitados pela sua sorologia.

O dia mundial de luta contra a AIDS representa um marco político de garantia de direito e respeito à diversidade e à vida. Diminuir o número de infecções pelo vírus, assim como assegurar qualidade de vida e acesso a saúde, é um
dever da sociedade como um todo, dentro de uma luta por diminuição da desigualdade e da violência simbólica.

William Maciel Kruger – Psicólogo