NOVEMBRO AZUL: Os cuidados do homem

Leize Gracieli Rocha
Aluna de Psicologia na Faculdade Anhanguera, Estagiária na modalidade Básico.

No Brasil nascem mais homens que mulheres, com tudo vivem menos e com menor qualidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos homens em 2012 era de 71 anos, enquanto que das mulheres era de 78 anos. Embora a violência seja um dos fatores que justifique essa diferença, a falta de cuidado com a saúde também tem um peso grande. (PRONCOR, 2019)
Culturalmente o homem procura menos acompanhamento médico, porque
tem menor preocupação com cuidados em saúde. Os homens, só vão ao médico quando a “situação já está grave”. Má alimentação, alto consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e altos níveis de estresse são causas de inúmeras doenças que não tem a devida atenção masculina.
O relatório Perfil da Saúde do Homem no Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde, mostra que a população masculina sofre, por exemplo, seis vezes mais de transtornos mentais e comportamentais que as mulheres (PRONCOR, 2019). Suicídios, agressões físicas, dependência química, são mais efetivos e presente nos homens.
O Novembro azul, é um movimento que surgiu na Austrália, em 2003,
chamado Movember, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, realizado no dia 17 de novembro. Em vários países, o Movember é mais do que uma simples campanha de conscientização. Há reuniões entre os homens com o cultivo de bigodes (ao estilo Mario Bros), símbolo da campanha, onde são debatidos, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer de testículo, depressão masculina, cultivo da saúde do homem, entre outros.
Desmistificar, que cuidados com a saúde não é fragilidade. Desmistificar, que o homem forte não é o que não adoece, mas aquele que cuida de sí. São os grandes desafios para haver uma mudança de atitude do homem frente a sua saúde. Um homem com autocuidado é forte e responsável. Um homem, que demonstra atenção por sua saúde, está cuidando e honrando sua família.
Fomentar mais as campanhas de conscientização. Envolver a família e locais de trabalho, são meios de engajar e encorajar o homem para os cuidados com sua saúde. Tão importante quanto o homem cuidar da sua saúde, é o acolhimento no caso de um diagnóstico positivo. Ser cuidado, é um tabu para o homem. O olhar empático e de respeito deve ser presente nas rede de apoio familiar e de tratamento de saúde.
Igualdade nos cuidados, igualdade no ver e nas responsabilidades. Talvez
seja o caminho para auxiliar e encorajar o homem no cuidado com sua saúde.

Bibliografia
Oliveira PP. A Construção social da masculinidade. Belo Horizonte: Editora
UFMG; 2004. https://www.hospitalproncor.com.br/post/saude-do-homem.
Gomes Romeu. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil; 2007.